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  • Centenas de jovens juntaram-se em Melides, Grândola, para afirmar que só a Paz, a Cooperação e a Amizade serve a juventude

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    Realizou-se, entre os dias 19 e 21 de julho, o Festival "Dêem uma Oportunidade à Paz". No campo de feiras de Melides, as organizações que constituem a Plataforma para a Paz e Desarmamento - e no qual o Conselho Português para a Paz e Cooperação está inserido -, voltaram a erguer uma edição do Acampamento pela Paz, num espaço onde se reafirmou a necessidade de construir, defender e caminhar para a Paz.
    O Festival teve início no início da noite de sexta-feira, com intervenções do Presidente da Câmara de Grândola, do presidente da Junta de Freguesia de Melides e o Secretário-Geral do Projecto Ruído - Associação Juvenil, à qual se seguiu um primeiro concerto do Grupo Coral Etnográfico Grândola Vila Morena.
    Às noites de música, de sexta-feira e de sábado, juntou-se a animação das bancas de várias organizações, da Plataforma e não só, que solidariamente se juntaram ao Festival, dinamizando o recinto, e solidarizando-se com a luta da juventude por um mundo de Paz e contra a guerra.
    No dia 20, nunca podendo esquecer o genocídio que Israel continua a levar a cabo na Palestina - com especial foco na Faixa de Gaza - teve lugar um acto público de solidariedade, onde uma vez mais a juventude, de todo o país, uniu as suas vozes para exigir um cessar-fogo imediato e o reconhecimento por parte do governo português, do Estado da Palestina. As intervenções couberam a Julie Neves da DN do CPPC, e a Carlos Almeida, do MPPM, com apresentação de Maria João, da Interjovem, que voltou a frisar que nas guerras, o povo e os trabalhadores, especialmente os mais jovens, são quem mais sofre.
    Entre torneios - de sueca, xadrez, ping-pong vôlei-, visionamento de filmes, rodas de conversas e descontração na praia, na vila, ou nas tendas, foi palpável o espírito de amizade e cooperação - valores que verdadeiramente respondem aos anseios da juventude portuguesa e pelos quais todos os dias ela luta.
    No último dia, depois de um almoço convívio, os presentes no Festival reuniram-se para conversar sobre os 50 anos da Revolução de Abril.
    Na mesa, com intervenções iniciais para lançar o debate, estavam Francisco Aguiar, do Projecto Ruído, Julie Neves, do CPPC, Inês Jorge, da AEFCSH e Gonçalo Paixão, da Interjovem.
    Numa conversa onde estavam poucos que tinham vivido o fascismo e os seus horrores ficou expressa a vontade e urgência de defender os valores conquistados em Abril e a esperança que a juventude tem num futuro em que estes sejam verdadeiramente cumpridos, nomeadamente, como afirmou o CPPC na sua intervenção, o respeito pela Constituição da República Portuguesa, que preconiza a abolição do imperialismo, do colonialismo e de quaisquer outras formas de agressão, domínio e exploração nas relações entre os povos, bem como o desarmamento geral, simultâneo e controlado, a dissolução dos blocos político-militares e o estabelecimento de um sistema de segurança colectiva, com vista à criação de uma ordem internacional capaz de assegurar a paz e a justiça nas relações entre os povos.
    A juventude continuará, dia a dia e até ao próximo Acampamento, a reforçar o caudal da luta pela Paz por um mundo onde a cooperação, a amizade, a solidariedade e o respeito predominem.